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Ge’ez,

Hebraico e Aramaico, podem ser Línguas Africanas

O Hebraico e o Aramaico, podem ser considerados Línguas Africanas? Vamos explorar essa questão.

África: o verdadeiro berço da humanidade… e das línguas também.


É consenso científico: a África é o berço da humanidade. A partir do continente africano, o ser humano moderno se espalhou pelo planeta. Se partirmos desse ponto, é lógico concluir que as primeiras formas de linguagem também nasceram ali.
Logo, não é descabido sugerir que línguas semíticas como o hebraico e o aramaico descendem de línguas africanas mais antigas, como o Ge’ez — idioma milenar da Etiópia, usado até hoje em cerimônias religiosas da Igreja Ortodoxa Etíope.

Ge’ez, Hebraico e Aramaico: só parecidos ou da mesma família?
As três línguas — Ge’ez, Hebraico e Aramaico — pertencem ao grupo semítico da família afro-asiática. Não compartilham apenas palavras semelhantes, mas também:
Estruturas gramaticais similares
Sistema de raízes trilíteras (como K-T-B para "escrever")
Conexões fonéticas e sintáticas que indicam uma origem comum
Isso levanta uma pergunta desconfortável para os historiadores tradicionais: como uma língua africana como o Ge’ez pode ser tão próxima das línguas bíblicas se ela nasceu em um continente que supostamente não teria relação direta com o “mundo sagrado”?

O Hebraico e o Aramaico: de onde vieram?
O hebraico foi a língua do antigo Reino de Israel e Judá, usado pelos profetas, reis e escribas da Bíblia.
O aramaico foi a língua franca do Oriente Médio durante séculos, usada até mesmo por Jesus Cristo.
Essas regiões, que hoje compreendem Israel, Palestina, Síria e Mesopotâmia, estão separadas da Etiópia por cerca de 2.000 km — uma distância pequena considerando as migrações, trocas comerciais e relações políticas da Antiguidade.

A Etiópia e o contato com Israel: a prova esquecida
A Bíblia conta a famosa história da Rainha de Sabá, governante da Etiópia (ou Cuxe), que visitou o rei Salomão em Jerusalém. O fruto dessa aliança teria sido Menelik I, fundador da linhagem real etíope.
Se houve encontros diplomáticos, houve comunicação. E se houve diálogo, usaram uma língua comum — possivelmente o Ge’ez, ou uma língua ancestral que deu origem tanto ao Ge’ez quanto ao hebraico e ao aramaico.
Essa conexão milenar reforça a hipótese de que essas línguas sagradas podem ter nascido na África e migrado junto com os povos, não o contrário.

Por que essa história é apagada?
A resposta é simples: reconhecer a origem africana das línguas bíblicas exige rever todo um modelo eurocêntrico de história e espiritualidade.
A história oficial ainda apresenta a África como um continente “sem cultura escrita”, ignorando civilizações como Axum, Cuxe, Egito, Mali, e outras.
Admitir que o Ge’ez é ancestral ao hebraico e ao aramaico significa aceitar que a Bíblia tem raízes africanas profundas — algo que incomoda muitas correntes teológicas e acadêmicas do Ocidente.
Essa negação histórica, infelizmente, faz parte de um projeto mais amplo de desumanização da África. Mas os tempos estão mudando, e é papel de cada um de nós buscar, resgatar e espalhar a verdade.

Resumindo: qual língua veio de onde?
Língua     | País de Origem (tradicional) | Possível Raiz Africana?
------------ | -----------------------------------  | --------------------------
Ge’ez       | Etiópia                                  | Sim (africana nativa)
Hebraico  | Israel                                    | Sim (raiz comum com Ge’ez)
Aramaico | Síria/Mesopotâmia             | Sim (origem semítica africana)

Conclusão: Retomar a Bíblia sob a perspectiva africana
A Etiópia nunca foi colonizada. Desenvolveu seu próprio alfabeto, sua própria fé, sua própria história e uma língua sagrada que desafia as narrativas tradicionais do Ocidente
Rever a origem das línguas bíblicas e reconhecer a África como raiz espiritual da humanidade não é apenas uma questão acadêmica — é um ato de justiça histórica e de revalorização cultural.
Se a história foi contada de cima pra baixo até aqui, é hora de olharmos para baixo — para a África — e reconhecermos que foi ali que tudo começou.
O que você pensa sobre isso?
Você acredita que o hebraico e o aramaico são variações de uma língua africana original?
Deixe seu comentário e compartilhe com quem precisa repensar a história por outra ótica.

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