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Cristianismo: A Arma Ocidental Contra a África

Eles nos deram a Bíblia e levaram a nossa terra."
Cristianismo: A Arma Ocidental Contra a África


Durante séculos, o cristianismo, vendido como mensagem de amor e salvação, foi moldado no Ocidente como uma ferramenta poderosa de dominação espiritual, econômica e cultural sobre a África. O continente, berço da humanidade e de riquíssimas tradições espirituais, viu suas civilizações serem fragmentadas não apenas por espadas e canhões, mas também por bíblias e crucifixos.


A colonização não começou com tiros — começou com missões religiosas. Através de uma estratégia sutil e mortal, ensinou-se aos africanos que a riqueza material era pecaminosa e que “os pobres herdarão o Reino dos Céus” (Mateus 5:3). Enquanto isso, os colonizadores saqueavam o ouro, os diamantes, a terra e os corpos. O que os africanos herdaram foi miséria, enquanto os colonizadores herdaram suas riquezas.


A frase “bem-aventurados os pobres, porque deles é o Reino dos Céus” foi usada, não para consolar espiritualmente, mas para manter as populações africanas resignadas, aceitando a exploração como parte de um plano divino. Esse é um dos grandes golpes espirituais da história: convencer os povos de que sua miséria é santa.


O Cristianismo como Instrumento de Escravidão: A Autorização Papal

No século XV, um dos momentos mais vergonhosos da história cristã foi a emissão da bula papal “Dum Diversas” pelo Papa Nicolau V, em 1452. Este documento autorizava oficialmente os reis católicos de Portugal e Espanha a subjugarem “sarracenos, pagãos e outros inimigos de Cristo”, tomando suas terras e escravizando-os “perpetuamente”.

Em palavras simples: a Igreja Católica autorizou a escravização dos povos africanos como uma missão cristã.


A bula dizia:


“Nós concedemos (…) plena e livre permissão para invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos, para reduzir suas pessoas à escravidão perpétua e tomar seus bens e posses.”


Este não foi um ato isolado. Outras bulas, como a “Romanus Pontifex” (1455), reforçaram essa autorização, permitindo a tomada de territórios africanos, a escravização de seus povos e o saque de suas riquezas — tudo em nome de Deus.


Se a Igreja Católica realmente representasse o amor divino, por que o Vaticano, com toda a sua influência política e econômica, nunca interveio para libertar os povos africanos das guerras, da fome, do neocolonialismo?

A resposta é clara: o sofrimento africano nunca foi um acaso — foi um projeto.


As Palavras de Leopoldo II: O Manual do Genocídio Cristão


Outro episódio revelador é o infame discurso do rei Leopoldo II da Bélgica — o homem responsável pela morte de milhões de africanos no Congo. Em suas palavras, dirigindo-se aos missionários cristãos:


“Ensinem aos nativos que tudo que eles possuem pertence a nós. Façam-nos perder o respeito por seus deuses. Não falem muito com eles sobre Deus, mas sobre o diabo, sobre o inferno, sobre castigos eternos. Digam-lhes que suas tradições são do mal e que os que persistirem nelas serão condenados.”


E continuou:


“Sua missão não é ensinar os negros a conhecer Deus, mas sim torná-los humildes e obedientes.”


O cristianismo europeu não foi levado à África para salvar almas — foi levado para quebrar espíritos.


A Desorientação Espiritual: Adoração a Deuses Estrangeiros


Hoje, muitos africanos adoram deuses europeus, rezam em línguas que não são suas, cultuam imagens que não representam sua identidade, e aceitam narrativas espirituais que colocam sua origem e cultura como “pagãs” e “inferiores”.


A maior escravidão da África atual é espiritual.

Enquanto o africano continuar a ver o divino apenas com rostos e vozes europeias, ele continuará a se ver como servo — nunca como dono de seu destino.


O resgate da África começa com o resgate de sua espiritualidade original, antes da colonização. É preciso reconcertar-se com os valores ancestrais, com as raízes africanas, com a dignidade e o orgulho de ser quem se é.


Conclusão: A Libertação Começa Pelo Espírito


A história mostra que a fé foi usada como corrente. E, para que África se liberte de verdade, precisa primeiro quebrar as correntes da mente e da alma.


Não é uma luta contra Deus.

É uma luta contra a manipulação de Deus.


Enquanto o Vaticano ostenta tesouros colossais em suas paredes douradas, enquanto abençoa tratados, silenciosamente apoia invasões e não move um dedo pelo sofrimento africano, a pergunta permanece:

De que lado realmente está a Igreja?


África não precisa renegar a espiritualidade — África precisa reencontrar sua própria divindade.

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