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O Maior Inimigo do Africano Ainda É o Próprio Africano


O Maior Inimigo do Africano Ainda É o Próprio Africana



É duro admitir, mas muitas vezes é o próprio africano que prejudica o africano igual. Grande parte do atraso do nosso continente não vem apenas do colonialismo ou da exploração estrangeira, mas das mentalidades atrasadas, dos traumas históricos e da falta de união entre nós mesmos.

África é um continente abençoado com recursos naturais incalculáveis — ouro, diamantes, petróleo, gás, terras férteis, rios e um povo criativo e trabalhador.

Ainda assim, somos um continente que mendiga por água, luz, comida, saúde e dignidade. Isso não faz sentido algum para uma terra tão rica. A pergunta que muitos de nós, africanos conscientes, fazemos é: o que realmente se passa connosco?


As sequelas invisíveis da escravidão e da colonização

O projeto ocidental de escravidão e dominação de África deixou marcas profundas — psicológicas, espirituais e sociais — que continuam a influenciar as gerações de hoje.

Muitos africanos ainda vivem sob uma mentalidade de dependência e submissão, herdada de séculos de manipulação e destruição cultural.

A religião ocidental, imposta como ferramenta de domínio, contribuiu para isso.Ela prometeu o céu, mas nos tirou a terra. Prometeu salvação, mas nos fez esquecer a ação.

Enquanto muitos africanos continuam à espera de bênçãos do “Senhor Todo-Poderoso” no além, o Ocidente segue tirando proveito dos nossos recursos no aqui e agora.


Os políticos e o pacto com o Ocidente

Grande parte dos líderes africanos não governa para o povo, mas para os seus próprios bolsos e para agradar potências estrangeiras.

O resultado é um continente com riquezas imensas, mas governado por elites submissas e corruptas, que vendem o futuro das nossas nações em troca de promessas e privilégios passageiros.


A mentalidade do inimigo interno

Um dos males mais silenciosos e destrutivos da nossa sociedade é a inveja e o ódio entre nós mesmos. Há uma resistência quase instintiva em ver o outro africano vencer. Muitos preferem ver o irmão cair do que crescer.

Em vários países, como África do Sul e Namíbia, são recorrentes os casos de violência e perseguição entre negros — muitas vezes motivados por xenofobia, inveja ou disputas económicas.

Essa mentalidade se manifesta também de forma espiritual: quantos africanos já foram alvo de perseguições místicas simplesmente por prosperarem?

Quando um europeu vem explorar as nossas minas, há silêncio. Mas quando um africano tenta fazer o mesmo, surgem proibições, rituais, invejas e ameaças. É uma contradição trágica — e profundamente reveladora.


Riqueza nas mãos erradas

É doloroso perceber que o povo africano continua a viver em casas de barro e palha, dormindo sobre terras ricas em ouro, diamante e petróleo.

Somos ricos, mas continuamos pobres porque não acreditamos uns nos outros. Preferimos destruir o sucesso do vizinho a aprender com ele. Preferimos bajular o estrangeiro a apoiar o nosso irmão.

Enquanto o ouro, o diamante e o petróleo continuam a sair do continente em navios e aviões estrangeiros, nossos filhos continuam sem escolas, nossos hospitais sem medicamentos e nossas aldeias sem energia.


A verdadeira libertação começa na mente

A mudança de África não virá de fora. Não virá da Europa, nem da América, nem da Ásia. A libertação real de África começa na mente do africano.

Enquanto continuarmos a lutar uns contra os outros, o Ocidente continuará a lucrar com a nossa desunião.

Mas quando aprendermos a cooperar, a confiar e a partilhar, África se tornará a maior potência do planeta.Temos tudo o que precisamos — riquezas, talentos, cultura, fé e energia.

O que falta é consciência e unidade.O verdadeiro ouro de África não está no subsolo. Está na mentalidade do seu povo.E enquanto essa mentalidade não mudar, continuaremos ricos em recursos, mas pobres em espírito.


✊🏿 Mensagem final:

“África não precisa de piedade nem de promessas. África precisa de consciência, coragem e amor entre irmãos.”





Nota de Direitos Autorais

Este texto foi elaborado por Salvador Pedro Andrade Quimuanga, com base em investigação própria, vivências, culturais e tradições orais transmitidas por anciãos da família (Kwanza Norte, Angola). Reprodução total ou parcial permitida apenas com citação da fonte: www.obastaodeNzinga.com.


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