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Jesus Pode Ter Sido Negro?


Jesus Pode Ter Sido Negro?


Um artigo para mentes livres e espíritos despertos

Este texto não é para fanáticos religiosos. É para aqueles que se permitem questionar, estudar e aceitar novas perspectivas sobre espiritualidade, história e identidade.

A Religião como Ferramenta de Dominação

A África, berço da humanidade e da espiritualidade ancestral, foi submetida a uma das maiores distorções identitárias da história após a colonização europeia. Um dos pilares dessa dominação foi o apagamento da identidade espiritual africana, substituída por uma versão europeizada do cristianismo. Com isso, fomos ensinados a imaginar um Deus branco, de olhos azuis, com feições romanas — uma imagem repetida à exaustão até se tornar verdade absoluta.

A Bíblia e a Multiplicidade dos Deuses

Pouco se fala sobre o trecho bíblico de Deuteronômio 32:8 que diz:

Deuteronômio 32:8 Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)Quando o Altíssimo separou os povos e deu a cada povo as suas terras, ele marcou as fronteiras das nações, dando a cada uma o seu próprio deus.”

Essa passagem sugere que a humanidade foi dividida em povos com diferentes entidades espirituais responsáveis. Ou seja, cada povo recebeu um Elohim, um espírito guardião, um guia divino.

No entanto, após a invasão e colonização, os povos africanos foram levados a negar suas próprias divindades e a abraçar a espiritualidade do opressor. O cristianismo ocidental foi apresentado como a única via de salvação — e Jesus, um salvador branco europeu.



Mas... já imaginou que talvez Jesus não como a Igreja nos apresenta ou seja já pensou que talvez o jesus fosse negro ?

1. Jesus foi escondido no Egito

Quando Herodes mandou matar os recém-nascidos, José e Maria foram instruídos a fugir com Jesus para o Egito — em África (Mateus 2:13-15). É importante lembrar:

➡️ O Egito daquela época era predominantemente negro.

➡️ Um bebê branco chamaria atenção.

➡️ O esconderijo de Jesus só faria sentido se ele pudesse se misturar visualmente à população local.

2. Descrição física de Jesus

O Apocalipse de João (1:14-15) descreve Jesus assim:

“A sua cabeça e cabelos eram brancos como lã [...] e os seus pés semelhantes ao bronze queimado.”

Essa descrição não se assemelha a um europeu, mas a um homem negro, de pele escura e cabelos Crespo e que talvez brancos pela idade.

3. As parábolas e a oralidade africana

Jesus falava através de parábolas, uma prática típica das culturas africanas, onde os mais velhos transmitem sabedoria usando analogias, histórias e metáforas. Ainda hoje, os anciãos em diversas aldeias africanas educam usando parábolas — uma linguagem profunda e tradicionalmente nossa.

Provas Ocultas e Revelações Históricas

4. Ícones e pinturas antigas na Rússia

Em 2024, a Rússia liberou arquivos secretos com pinturas religiosas antigas de Jesus e Maria como negros. Essas imagens desafiaram séculos de representação branca e geraram grande impacto entre estudiosos, mas foram ignoradas por muitos cristãos africanos doutrinados pelo modelo ocidental.

Acredito que possível ver que a noticia foi brutalmente, rejeitada, banida mundialmente pelos mesmo que não se permitem se quer abrir a essa possibilidade, porque colocam África em uma posição tão baixa. 

5. Os quadros escondidos no Vaticano

Antigas fotografias revelam Papas católicos ao lado de quadros de um Jesus negro, imagens nunca expostas publicamente. Isso levanta sérias questões sobre o quanto se escondeu para manter um Cristo branco hegemônico e submeter mentalmente os povos não europeus.

Por que ainda é difícil aceitar um Jesus negro?

A resposta é simples e dolorosa: colonização mental. Muitos cristãos africanos rejeitam qualquer ideia de um Jesus negro porque isso confronta diretamente a imagem divina imposta durante séculos. Imaginar um Deus negro incomoda porque ainda estamos presos à lógica de que o que vem da Europa é superior, divino e verdadeiro.

Referências

  • The African Origin of Civilization — Cheikh Anta Diop
  • A Bíblia e o Negro — Walter McCray
  • Jesus and the Disinherited — Howard Thurman
  • A História Secreta do Cristianismo — Timothy Freke & Peter Gandy
  • Bíblia de Jerusalém, Apocalipse 1:14-15
  • Documentários: Hidden Colors, The Black Messiah, Zeitgeist

Conclusão

Não se trata de desrespeitar o cristianismo, mas de reconhecer e resgatar uma identidade perdida. Questionar a cor de Jesus é, antes de tudo, questionar a estrutura de dominação espiritual que ainda paira sobre nós. Se Jesus foi negro — como os indícios apontam —, isso muda tudo. E talvez esteja na hora de reimaginar a espiritualidade com a nossa imagem refletida nela.

“O maior truque do opressor foi fazer o oprimido amar a imagem dele como sagrada e negar a sua própria.” — Autor Desconhecido

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