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Igreja não é a Casa do Senhor!

Manipulação histórica: o Concílio de Niceia


Igreja não é a Casa do Senhor!


O sistema religioso é uma organização milenar que visa manipular e controlar as massas.

Muitos religiosos pensam que a igreja veio a existir apenas após o nascimento de Jesus Cristo, mas isso não corresponde à realidade. O sistema religioso já existia séculos antes da chegada de Cristo, estruturado em sacerdotes, escribas e líderes que se colocavam como intermediários entre Deus e os homens.

O poder religioso antes e depois de Cristo

Na Antiguidade e na Idade Média, a sociedade era dominada por duas grandes potências: a política e a religiosa. Até hoje, estas duas forças continuam sendo as mais influentes e manipuladoras.

Os sacerdotes ditavam regras rígidas: determinavam quem deveria viver ou morrer, julgavam pecados e se colocavam como porta-vozes de Deus. Eram eles os que proibiam curas no sábado, ou excluíam os considerados “impuros” do convívio social. Tais práticas não refletiam o Deus amoroso, mas sim um sistema de controle.

Jesus contra o sistema religioso

Com a chegada de Jesus, a verdade ficou mais clara. Ele anulou regras impostas pelo sistema religioso, o que gerou forte perseguição contra Ele.

Jesus não compactuou com escribas e sacerdotes. Pelo contrário, aproximou-se dos marginalizados, abraçou os rejeitados e mostrou que a verdadeira relação com Deus não estava em templos, mas na vida e no coração. É importante notar: Jesus nunca construiu um templo e jamais o chamou de “casa de Deus Pai”.

Muitos usam o episódio em que Ele expulsou os vendilhões do templo como prova de que a igreja seria “a casa de Deus”. Porém, uma leitura mais profunda mostra incoerência nisso, pois o próprio Jesus afirmou que o templo poderia ser destruído e reconstruído em três dias — referindo-se ao Seu corpo, não a uma construção humana.

Manipulação histórica: o Concílio de Niceia

É necessário lembrar que a Bíblia, como a conhecemos hoje, passou por compilações e decisões políticas e religiosas. Um marco histórico foi o Concílio de Niceia (325 d.C.), convocado pelo imperador romano Constantino. Ali, bispos e líderes religiosos decidiram quais livros fariam parte do cânone bíblico e quais seriam excluídos.

Esse processo não foi neutro: serviu a interesses do Império Romano, que via no cristianismo uma ferramenta de unificação política. Portanto, grande parte da estrutura religiosa atual foi moldada pelo mesmo sistema de poder que continua a dominar o mundo até hoje.

Deus não habita em templos

Mesmo assim, o próprio Novo Testamento nos lembra:

“Deus não habita em templos feitos por mãos de homens” (Atos 7:48).

E em outra passagem, Jesus orienta:

“Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que está em secreto” (Mateus 6:6).

Isso mostra claramente que a verdadeira espiritualidade não depende de construções, mas da relação íntima entre o ser humano e Deus. Se a Bíblia é a Palavra de Deus, como pode o próprio Deus se contradizer?

Quem realmente matou Jesus?

Quem perseguiu Jesus foram os líderes religiosos — escribas e sacerdotes. Foram eles que pagaram trinta moedas de prata a Judas para identificar o Mestre. Se realmente O conhecessem, não precisariam pagar para saber quem Ele era.

Depois da prisão, Jesus foi levado a Pôncio Pilatos, representante político de Roma. Pilatos declarou não ver culpa em Jesus, lavou as mãos e rejeitou qualquer responsabilidade. Logo, quem de fato ordenou a morte de Cristo foram os sacerdotes e escribas — o sistema religioso que manipulava a sociedade.

Após a ressurreição e subida de Cristo, os discípulos também foram perseguidos pelo mesmo sistema. O poder político apenas serviu de braço executor, mas a essência da perseguição partiu do poder religioso.

A África e a manipulação da fé

Jesus Cristo foi vítima do sistema religioso, morto por ele. Para manter o controle, esse sistema transformou o fato em dogma: “Ele morreu pelos nossos pecados”. Assim, transferiram a culpa e maquilharam a verdade.

Africanos, precisamos abrir a mente! Quanto mais religiosos nos tornamos, mais pobres a África se torna. Enquanto isso, líderes religiosos enriquecem diariamente. Hoje vemos crentes venderem casas e bens para doar às igrejas, acreditando que estão “pagando a Deus” para comprar um lugar no paraíso. No entanto, a própria Escritura adverte:

“Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que de lá desceu: o Filho do Homem” (João 3:13).

Portanto, precisamos voltar às nossas raízes, resgatar a nossa espiritualidade africana, ser verdadeiramente africanos de corpo e alma. Deus não está em templos de pedra, mas em cada ser humano.

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