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A Mulher Rei

O Filme Ocidental que Encheu de Orgulho o Povo Negro

A Mulher Rei – O Filme Ocidental que Encheu de Orgulho o Povo Negro



Em tempos em que a cultura africana é frequentemente ignorada ou mal representada pela indústria cinematográfica ocidental, o filme “A Mulher Rei” (The Woman King) surge como um marco de resistência, força e afirmação da identidade africana. Esta obra, estrelada pela brilhante Viola Davis, não é apenas um filme de ação — é um grito de orgulho, uma celebração das nossas raízes, e um lembrete poderoso da grandeza das mulheres negras e africanas.

Um retrato vivo da realeza africana

“A Mulher Rei” transporta-nos ao antigo Reino do Dahomey (atual Benim), onde o exército feminino das Agojie — mulheres guerreiras de coragem inabalável — defendia o seu povo com bravura e sabedoria. Desde os primeiros minutos, somos envolvidos por uma energia ancestral: as vestes tradicionais, os ritmos das danças, os cânticos sagrados, as pinturas corporais e o respeito pelos ancestrais. Cada detalhe é um tributo à autenticidade africana que tantas vezes é distorcida no olhar ocidental.

Ver mulheres negras, com sua melanina reluzente, com seus cabelos naturais, empunhando lanças e liderando batalhas, é ver a África em pé, altiva, digna e poderosa. É ver o reflexo das nossas rainhas, das nossas mães e das nossas avós — mulheres que sustentaram reinos, famílias e civilizações inteiras.

O poder e a força da mulher negra

O filme não se limita à guerra física. Ele fala da luta interior da mulher africana — a luta por respeito, por identidade, por espaço e por liberdade. Mostra que a força da mulher negra não é apenas muscular ou combativa, mas também espiritual, emocional e intelectual.

As guerreiras de Dahomey são o símbolo da resiliência africana, que nunca se rendeu ao medo, à opressão ou à escravidão.

“A Mulher Rei” lembra-nos que o poder da mulher africana sempre foi o pilar da sociedade, mesmo quando a história tentou apagá-la. Elas eram as guardiãs da sabedoria, as defensoras da terra e as mães da espiritualidade africana.

A representação que nos devolve o orgulho

Como africano, ver este filme desperta uma emoção profunda. Ver o Ocidente retratar com tanto respeito e fidelidade a beleza da nossa cultura é algo raro e valioso. As danças tribais, o uso de instrumentos tradicionais, as cerimónias de iniciação, e até os valores comunitários e espirituais — tudo é representado com uma sensibilidade que toca o coração.

Este é o tipo de cinema que reeduca o mundo sobre quem somos e reconecta nós, africanos, com o que fomos. Num tempo em que muitos jovens negros ainda buscam referências e heróis, “A Mulher Rei” oferece-nos orgulho e espelho.

A ponte entre o filme e a nossa história em “O Bastão de Nzinga Mbande”

A mensagem de “A Mulher Rei” tem uma ligação profunda com a obra “O Bastão de Nzinga Mbande”, o nosso livro que resgata a história da grande Rainha Nzinga Mbande de Ndongo e Matamba, um dos maiores símbolos de resistência de África.

Assim como as guerreiras do Dahomey, Nzinga foi uma mulher de coragem indomável, estrategista, diplomata e guerreira, que defendeu o seu povo contra o domínio colonial com inteligência e fé nos seus ancestrais.

Nosso livro “O Bastão de Nzinga Mbande” é, de certa forma, a continuação desse espírito. Ele chama o povo africano a recordar o seu passado glorioso, a retomar o orgulho na sua história, e a erguer novamente o bastão da dignidade e da liderança africana.

Ler este livro é reencontrar-se com as nossas raízes, é entender que o poder da mulher africana não nasceu de um filme, mas de uma história real e profunda que corre nas nossas veias.

Por isso, convidamos cada leitor, cada irmão e irmã de África e da diáspora, a adquirir e ler “O Bastão de Nzinga Mbande”.

É mais do que um livro — é um chamado à consciência africana, um bastão simbólico que devemos carregar com orgulho e responsabilidade.

A importância de consumir cultura que nos valoriza

Precisamos, como africanos, de ler, ver e apoiar obras que falam de nós com verdade, com beleza e com respeito. Filmes como A Mulher Rei e livros como O Bastão de Nzinga Mbande são remédios contra a alienação cultural que o colonialismo deixou.

Eles curam a mente e o espírito, despertam o orgulho e reacendem o desejo de construir uma África consciente do seu valor.

Que nunca mais sejamos retratados como vítimas sem história, mas como reis e rainhas, heróis e heroínas, como o povo que somos e sempre fomos.


Adquira o livro “O Bastão de Nzinga Mbande”

Disponível em: www.bastaodenzinga.com

Contactos: 929 225 498 / 952 797 555

Vestir Nzinga é vestir Angola. Ler Nzinga é honrar África.

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