A Igreja/Sacerdotes-Templos Mataram Jesus – E Ninguém Quer Te Contar
A Bíblia fala da morte de Cristo, mas raramente ouvimos a pergunta mais importante: quem realmente matou Jesus?
E por que essa verdade parece estar escondida atrás de doutrinas e dogmas há séculos?
Para compreender isso, é preciso uma mente livre – liberta das correntes doutrinárias e da repetição cega de ensinos criados por homens. Afinal, a própria Escritura nos adverte:
"Maldito o homem que confia no homem." – Jeremias 17:5
"Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." – João 8:32
Muitos creem que Jesus morreu pelos nossos pecados porque foi o que aprenderam desde a infância. Mas e se disséssemos que essa explicação, embora simbólica, esconde uma verdade mais profunda?
A realidade é que Jesus morreu por ser um revolucionário. Ele desafiava a autoridade da época, rompia tradições injustas e denunciava a hipocrisia dos líderes religiosos. Ele não foi morto apenas por amar, mas por confrontar o sistema.
Quem estava no poder quando Jesus viveu?
Naquela época, os maiores detentores de poder eram os líderes religiosos: os sacerdotes, escribas e fariseus. A religião organizada não começou com Cristo — ela já existia e era aliada do poder político romano.
Jesus curava no sábado, falava com mulheres, acolhia prostitutas e tocava em leprosos. Ele denunciava os líderes religiosos com firmeza:
"Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!" – Mateus 23
"Vós anulais a palavra de Deus por causa da vossa tradição." – Marcos 7:13
Isso ameaçava directamente a autoridade religiosa, que dependia do medo, do pecado e da obediência cega.
Quem comprou a traição?
Foi a elite religiosa judaica quem arquitectou a morte de Jesus. Foram os sacerdotes que corromperam Judas Iscariotes:
"Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os principais sacerdotes e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata." – Mateus 26:14-15
Aqueles que hoje chamaríamos de padres ou pastores, foram os primeiros a planear sua prisão.
E o papel do governo?
Como a igreja da época (Sinédrio) não podia executar ninguém legalmente, eles entregaram Jesus ao governador romano Pôncio Pilatos. Porém, Pilatos não encontrou culpa alguma:
"Não acho nele crime algum." – João 18:38
Ainda assim, por pressão dos líderes religiosos e do povo manipulado, lavou as mãos e o entregou para a crucificação. A responsabilidade da morte de Jesus, portanto, não foi dos romanos, nem da "multidão" em si — foi das autoridades religiosas.
A perseguição não parou com Jesus
Após a crucificação, seus discípulos continuaram sendo perseguidos — também pela igreja da época. Pedro foi várias vezes ameaçado e proibido de pregar:
"Ordenamos-vos expressamente que não ensinásseis nesse nome." – Atos 5:28
E todos os apóstolos foram perseguidos, presos, torturados e mortos pela mesma estrutura religiosa e política que assassinou seu Mestre.
A culpa foi transferida
Ao longo do tempo, os responsáveis transferiram a culpa ao povo. Criou-se a doutrina de que “Jesus morreu pelos nossos pecados” como uma maneira de silenciar a responsabilidade do sistema que o matou.
Mas será mesmo?
Será que Jesus morreu só porque tu erraste?
Ou será que ele morreu porque rompeu um sistema corrupto e levantou um povo?
É hora de pensar com liberdade
A Bíblia nos convida a pensar, a refletir, a buscar a verdade. Precisamos entender que o ensinamento que temos hoje foi elaborado por homens — muitos deles aliados ao mesmo sistema que silenciou profetas e líderes como Jesus.
Não se trata de atacar a fé, mas de recuperar a essência do que Cristo realmente viveu: justiça, compaixão, resistência e liberdade.
Jesus não foi morto por amar. Ele foi morto por resistir.
A cruz não foi apenas um sacrifício espiritual, mas uma consequência política.
E a igreja… foi cúmplice.