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Assalto Cultural à Pantera Negra: O Novo Herói Branco e a Luta pela Representatividade Africana


Assalto Cultural à Pantera Negra: O Novo Herói Branco e a Luta pela Representatividade Africana


Todos nós adoramos o filme Pantera Negra da Marvel, não apenas pela ação ou pelos efeitos visuais, mas principalmente porque, pela primeira vez, muitos de nós nos sentimos verdadeiramente representados em uma superprodução global. O filme trouxe à tona valores africanos, rituais, linguagem, cenários inspirados em reinos africanos reais, além de enaltecer uma África poderosa, rica e soberana — uma imagem que há séculos o mundo tenta apagar.

Com a morte do ator Chadwick Boseman, que interpretava o Rei T’Challa, o impacto foi profundo. Não apenas perdemos um grande talento, mas também sentimos um vazio simbólico na continuidade da saga. A Marvel então seguiu com uma sequência onde a irmã mais nova de T’Challa assume o manto do Pantera Negra — o que ainda fazia sentido dentro do universo construído.

Porém, recentemente, fomos surpreendidos por uma nova decisão no universo das histórias em quadrinhos (HQs) da Marvel: foi apresentado um novo Pantera Negra, desta vez um personagem ocidental branco, loiro, assumindo o papel central. É aqui que a nossa análise começa.

Essa novidade não caiu bem entre os africanos afrocentrados. Muitos consideram essa mudança uma usurpação cultural moderna. Afinal, como pode um homem branco se tornar rei de uma nação africana e ainda ser responsável por representar e gerir os símbolos e valores dessa cultura?

Alguns podem tentar justificar:
"É só uma história em quadrinhos..."
"É só ficção, nada demais..."

Mas sabemos que nada é "só ficção". Imagens, filmes, personagens e símbolos moldam o imaginário coletivo. E, se hoje nós compreendemos a origem da saga, o que pensarão nossos filhos daqui a 10 anos, ao verem um Pantera Negra branco liderando Wakanda?

Esse tipo de substituição simbólica não é inofensiva. É um tipo de assalto cultural psicológico, feito sutilmente, como já aconteceu com o Egito Antigo: apagaram os negros, roubaram os deuses e faraós, e colocaram rostos brancos na história africana. Agora, no século XXI, os assaltos não usam chicotes, usam câmeras e roteiros.

Pense nisso:

Qual imagem vem à sua mente quando você pensa em Deus?
E em Jesus?
E nos anjos?

A maioria das pessoas verá figuras brancas. Isso não é coincidência — é resultado de séculos de lavagem imagética, onde tudo que é belo, puro e poderoso é pintado de branco, e tudo que é negro é ignorado ou marginalizado.

A Marvel é uma grande máquina de entretenimento, mas também é uma peça dentro de uma indústria de moldagem cultural global. Precisamos ficar atentos a cada detalhe, cada cena, cada imagem.

Nada é por acaso.

Como africanos, temos a missão de preservar nossa história, nossa simbologia e nossa autoestima cultural. Esperamos, sinceramente, que essa mudança nas HQs não seja adaptada para o cinema. Mas, se for, estaremos diante de mais um assalto simbólico à nossa ancestralidade.

Precisamos proteger nossos filhos.
Precisamos proteger o que nos resta.
Precisamos estar atentos

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